Sinal de alerta na comunidade LGBTI+ internacional

04 de Agosto de 2023

Nas últimas semanas, algumas notícias acenderam um sinal de alerta na comunidade LGBTI+ internacional. 

Nos EUA, a Suprema Corte decidiu dar às empresas uma licença para discriminar, podendo recusar a prestar serviços para casais homossexuais. Na Rússia, houve a aprovação de uma lei para impedir procedimentos de transição de gênero e também adoção por pessoas trans. Aqui ao lado, na Venezuela, 33 homens foram detidos porque estavam em uma sauna gay.

Todos esses episódios recentes nos fazem lembrar que o cenário da diversidade sexual e de gênero ainda é muito desigual no mundo. Ainda que estejamos em uma situação institucional de maior reconhecimento no Brasil com uma secretaria nacional LGBTI+, nossa comunidade precisa seguir atenta e vigilante.

Segundo dados da IGLA do ano passado, quase 70 países ao redor do mundo ainda criminalizam a existência de pessoas LGBTI+. Vejam: não se trata de não assegurar direitos, trata-se de punir as existências dessas pessoas. 

As ondas transnacionais de LGBTIfobia podem repercutir aqui e já têm repercutido, por exemplo, na atual cruzada moral em torno do debate sobre infâncias e adolescências LGBTI+. E, mudando nossa conjuntura doméstica, podem ocorrer retrocessos preocupantes na cidadania ainda precária.

Não esqueçamos: nenhum direito é pra sempre ou está escrito em pedra. Não há caminho sem volta na cidadania, tudo é luta e resistência. Sempre.

Renan Quinalha

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